segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vestir a ideia! Uma questão de educação e preocupação!!!

A vantagem de morarmos num país democrático e sem censura é que podemos utilizar nossas palavras de forma livre, expondo nossos pensamentos e opiniões. Ninguém é obrigado a aceitar nossas palavras como uma verdade, basta respeitá-las.  
Estava escrevendo um texto sobre o cotidiano, destes comuns com um olhar humano das coisas, mas fiquei atento a uma reportagem que passava na TV, uma destas polêmicas na briga “sexo x igreja”. Apaguei as primeiras linhas do texto e resolvi falar um pouco sobre a hipocrisia da sociedade brasileira quanto ao uso da camisinha.
Algumas pessoas e camadas da sociedade e entidades religiosas insistem em dizer que a camisinha incentiva a prática do sexo. Na reportagem ouvi uma autoridade religiosa dizendo que a camisinha incentiva o sexo irresponsável. Não seria o contrário?!
Vale lembrar que sou católico carismático praticante! Mas discordamos, algumas pessoas, dos nossos pais que são as pessoas que mais amamos na vida, imagine de  uma entidade religiosa!
O que se pode ver é a dificuldade de se chegar a um equilíbrio sobre este assunto.  A igreja prega que seja impossível se conciliar sexo e amor. Resultado: mulheres que fazem sexo há 30 ou 40 anos e ainda não alcançaram um orgasmo por sentirem vergonha do que fazem com os seus maridos; homens que descobrem o sexo depois de casados e viram os ”tiozões-tarados-comedores”; pessoas emocionalmente e hormonalmente instáveis já que como diz Freud “todo comportamento humano é regido por uma natureza sexual”; líderes religiosos estupradores de criancinhas; infidelidade; gravidez indesejada entre jovens, consequentemente alguns abortos posteriores e, o mais preocupante, o aumento significativo de casos de doenças sexualmente transmissíveis pelo mundo.
Chegamos ao século XI e está na hora de se ver o sexo como algo natural de nossa sociedade. É inquietante ver a igreja ditando comportamentos irracionais. Igreja, fisiologia e ciência poderiam andar paralelamente? Longe ou próximo já estamos? Difícil saber!
Mas crescemos ouvindo que a liberação do  sexo só depois do casamento! O que é o casamento senão a assinatura de um pedaço de papel em cerimônias simbólicas?
Por outro lado, a banalização do sexo faz com que muitos se assustem. E com razão. O sexo virou produto comercial, qualquer esquina se encontra, é “facinho facinho”.
O jeito, então, é buscar um equilíbrio, que só é alcançado mediante muita educação e desenvolvimento. Então, pessoas, sexo seguro e responsável é altamente recomendável para uma mente sã. E digo meus caros,  não culpem seus pais por não quererem saber que você faça sexo. Ahhh...não vá me dizer que você se sente confortável imaginando como os seus pais lhe fizeram! Talvez, seja por causa desse desconforto que muitos cresçam achando o sexo uma coisa terrível. Mas “pessoas” não é!
Concluo dizendo que fazer sexo ou não é uma questão de escolha. Minha recomendação é que qualquer que seja essa escolha, que ela seja saudável, a ponto de não representar uma repressão ou um desequilíbrio. Viva o sexo seguro, com amor, com responsabilidade, com respeito ao próximo e a si mesmo.
Camisinha é pra se discutir sim, e mais, para se usar!

3 comentários:

  1. Kermerson

    Tenho um filho de 11 anos e uma menina de 6 que já perguntaram como se faz "amor"...Cresci em um lar evangélica e em uma igreja que cobrava virgindade antes do casamento, resumindo...casei no auge dos meus 16 anos e durante 3 anos de casada, vivi de aparência...então digo o seguinte para os meus filhos...sexo, amor, transa, td tem a hora, o momento e, principalmente, a pessoa certa, sem pressão e sem dogmas.
    Muito bom seu texto (pra variar né?!)

    Abraços

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  2. Ótimo texto, muito bom ! Uma pena saber que em pleno século XXI as "pessoas" ainda veem isso como um tabu. A igreja, a sociedade, a familia, Eu, Vc... Por que agir assim, o q tem pra ser negado ou escoder! Adorei o texto...

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