As músicas de nossas vidas...

Qual sua música? Qual a minha música?

Sempre temos aquela música em especial que toca a alma e traz lembranças fortes, que arrepia nossa pele e arranca o mais profundo suspiro, seja ele de saudade, emoção ou dor.  A música pode fala por nossos corações, torna-se uma fotografia de nossas histórias e narra cada momento com detalhes, como se tivessem sido escritas para cada uma delas.

A música nos remete ao passado, às lembranças do que vivemos ou deixamos perdido pelo caminho. Lembramos dos momentos de vitória,  um amor adolescente, uma tristeza passada, uma época feliz ou triste, uma pessoa que perdemos, uma paixão desfreada, etc. Música resgata o que nunca deixou de viver em nós, e basta um primeiro acorde, o toque de uma nota para aflorar todo nosso sentimento.

Tenho uma caixinha de músicas em minha memória emotiva, guardo cada passagem, momento e lugares, para cada um desses a música me leva numa viagem ritmada pelos meus sentimentos. Impossível não lembrar dos meus nove a dez anos, quando na época passava a novela Top Model, e ouvi pela primeira vez “Oceano”, na voz doce e inconfundível de Djavan. Linda passagem quando este mestre num momento de pura criação construiu “...Vem me fazer feliz porque eu te amo. Você deságua em mim e eu oceano, e esqueço que amar é quase uma dor...Só sei viver, se for por você...”. Voltar 20 anos e lembrar de uma fase gostosa é um momento ímpar. A música é forte, até um pouca pesada para uma criança com tão pouca idade, quando nem sabia ainda o que era amar, mas ela marcou aquela minha fase e por isso, ainda hoje considero a minha música favorita. Os anos chegaram e com eles outras passagens, novas músicas e fatos marcantes. Neste caminho entram canções de uma banda favorita, Scorpions. Como não parar para pensar e sentir-se tocado quando escuto “Wind of Change”, quando em seus belos versos ouvimos (na tradução) “...Leve-me para a mágica do momento , em uma noite gloriosa  onde as crianças de amanhã compartilham seus sonhos com você e eu . Leve-me para a mágica do momento , em uma noite gloriosa onde as crianças de amanhã sonham no vento de mudanças...”.

Impossível não ficar atônito com as obras de nosso estimado Chico, das quais aprecio (sem moderação) as favoritas “Construção”, “Cálice”, “Deixe a Menina”, “Me deixe mudo”, “Minha História”,  “Almanaque”, “Qualquer amor”, ah são tantas...o velho e bom Chico Buarque!

Lembro de como é bom deliciar-me com o gostoso sambinha “Pressentimento”, numa declaração explícita para um amor que  está pra chegar “Vem meu novo amor, vou deixar a casa aberta, já escuto os teus passos, procurando o meu abrigo”;  ficar emocionado com “O Caderno” de Toquinho, esta bela canção que lembra minha irmã caçula (Karol) em sua infância, quando aprendia as primeiras palavras e pedia para  que eu cantasse a canção e ensinasse cada verso com calma e carinho; ou ficar apaixonado pela melodia suave e tocante de  “Carinhoso” do gênio Pixinguinha; e como não recordar alguém ou um momento especial quando se escuta “...que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim. Não quero mais esse negócio de você longe de mim...”, uma obra eterna do Tom e Vinicius.

Não vejo minha vida sem uma trilha sonora. Nossas histórias precisam de melodias, de um fundo musical para marcar, tocar, acompanhar e narrar a caminhada. Vou agora para meu quarto, colocar algum CD especial e apreciar um momento flashback. Musicalizando os sons do coração...

E a gente aprende que o silêncio é uma arte...

O amadurecimento é algo que me fascina. Olha para trás e perceber o quanto mudamos, crescemos e melhoramos é realmente uma satisfação admirável.  Cada ano que passa é um capítulo que escrevemos, um ciclo que fecha e outro que tem início. Algumas coisas na vida a gente vai aprendendo no dia a dia, somando à sabedoria e à experiência,  que só o esforço por viver pode ensinar.  Nesta escola diária a gente aprende que o silêncio muitas vezes é a melhor resposta. A arte do silenciar é tão ignorada por nós no auge de nossa imaturidade inconsequente, mas apreciada, mesmo que dolorida, quando percebemos que a vida não é mais modesta e inocente conosco. Muitas vezes a gente deve engolir uns sapos caladinhos, felizes ou não, talvez até fingindo um sorriso tranquilo e despreocupado. Não interessa! Talvez por dentro a gente até esteja se dilacerando em ódio, em nossa boca saia a mítica espuma branca da raiva e da sede de vingança. Aos 18 ou 20 anos pensar nisso seria tolice, uma besteira ou mesmo covardia, mas o envelhecer nos mostra que  em nome da nossa própria dignidade é melhor aguentar o desaforo quieto, porque uma palavra a mais e o desaforo se somará ao deboche, sarcasmo irônico ou até escárnio. Tem horas que é melhor ficar calado, não importa o tamanho da nossa mágoa. A arte de silenciar é uma dádiva!

Um "te amo" faz você ganhar seu final de semana

Passar um final de semana sozinho em casa poderia até parecer uma grande tristeza ou depressão, mas não, pois a gente aproveita alguns instantes de solidão para revirar nossos pensamentos, pensar e repensar, sentir saudades. Foram dois dias para muita inspiração, que depois externarei em palavras, textos, poesias. Mas começo pelo final. Sim, pelo fim do final de semana.

Não tem preço estar sozinho em casa e sua família chegar de viagem e encher você de mimos e demonstrações de carinho. Parecia até uma viagem de meses, mas foram apenas dois dias. Mas saudades não são controladas pelo relógio, mas sim pela intensidade do amor e importância que a pessoa ausente representa em sua vida. Que bom ganhar um beijo das mulheres da minha vida: minha mãe e irmã. Isso sim é o mais puro e verdadeiro amor. Ganhei o final de semana!

Como é bom sentir e dar amor às pessoas que estão em nosso cotidiano, mesmo que através de simples e bobas demonstrações de afeto. Não vou deixar nenhuma poesia, nem frase feita ou música. Vou dar meu “boa noite” cheio de amor através de um desenho que traz boas recordações da minha infância, o Snoopy.

São apenas 1 minuto e 12 segundos de vídeo, numa linda leitura do que é amor, vale a pena assistir.  Um bom início de semana, repleto de amor.

Um café da manhã com Mário Quintana

Bom dia!
Sou um grande admirador do poeta e escrito Mário Quintana. Sempre que possível divulgarei algumas de suas poesias e poemas. Quem puder conhecer a biografia e arquivo de obras deste artista ficará viciado(a), como sou, em suas palavras.

Deixo vocês com "A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa". Uma bela reflexão sobre o tempo e a preciosidade que é aproveitá-lo em cada segundo, de forma intensa e apaixonante. Ele mostra uma pura realidade que boa parte das pessoas alegam, a falta de tempo.

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!

Quando de vê, já é sexta-feira!

Quando se vê, já é natal...

Quando se vê, já terminou o ano...

Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado...

Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.

Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...

Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...

E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.

Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.

A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana

"Tempo e paciência"...experiêncas numa caminhada do final da tarde

Alguns textos nascem de forma planejada ou pela simples necessidade de escrever algo, mas muitos brotam de um surto de inspiração, através de uma espontaneidade inocente. Quase todos os dias estou caminhando no calçadão das margens do Açude Velho (cartão postal de Campina Grande), geralmente pelo fim da tarde ou início da noite, momento rico para observar cenas inusitadas do nosso cotidiano. Ontem presenciei algo que me encheu de pensamentos e inspirações.

Caminhava tranquilamente próximo a duas moças, estava distraído pensando no meu dia de trabalho e em coisas, boas ou não, que me ocorreram. As moças falavam num tom alto e sem parar. Confesso que foi inevitável não prestar atenção no conteúdo da conversa, mesmo que em alguns momentos interrompida pelo barulho frenético dos carros e ônibus que passavam pela avenida. Mas um trecho da conversa foi marcante, quando elas falam com muita convicção: "...pode passar 100 anos eu nunca vou perdoar...", logo depois a outra completa "...o tempo faz você esquecer e superar...".

Foi uma diálogo corriqueiro e nem tantas riquezas, mas o suficiente para concluir que nada mais justo e certo que o tempo. O tão temido e falado tempo! Tempo este que parece mudar de modo cada vez mais vertiginoso.

Vou usar um ditado clichê (mas verdadeiro) que diz: "não há bem que sempre dure, nem mal que nunca termine". Isto é a prova viva da arte que o tempo faz com os acontecimentos, moldando nossas vidas, sonhos, planos, vontades, perspectivas, adequando isso tudo às situações inesperadas que vivemos e descobrirmos a cada novo dia. O tempo é minucioso e sábio, é medicamento e cicatrizante, é castigo e alternativa, atitude e medo, é momento e passado.

Algumas pessoas ignoram o tempo, se acostumam a adiar, postergar, enrolar, deixar certas coisas para depois. E assim, assistem o tempo passar e quando percebem, o tempo aconteceu. Como perdemos tempo presos às mágoas, adversidades e rancores. Como somos vitimas do ressentimento. Ressentir, sentir duas vezes, castigar-nos com coisas tão pequenas e nocivas à nossa saúde e bem estar.

Precisamos, cada vez mais, nos desprendermos dos ressentimentos, deixar que o tempo nos ajude a superar os traumas e perdas

Já perceberam que gosto de inserir em meus textos alguns trechos de músicas? Música e leitura são dois ingredientes que dão certo sempre! Por isso, pra terminar deixo vocês com uma reflexão que Lenine descreve de maneira bem lírica: "O mundo vai girando cada vez mais veloz. A gente espera do mundo e o mundo espera de nó, um pouco mais de paciência".

Meus erros...

Começo este texto com uma frase que acho impagável:

 
"Errei mais de 9.000 cestas e perdi quase 300 jogos. Em 26 diferentes finais de partidas fui encarregado de jogar a bola que venceria o jogo... e falhei. Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha vida. E é exatamente por isso que sou um sucesso." (Michael Jordan)

Uma coisa concordo e é fato, que nossos erros e fracassos fazem parte da construção do nosso sucesso. Se estudarmos alguns nomes e cases pelo mundo, seja qual for o segmento, perceberemos que todas estas pessoas possuem histórias de grandes erros e fracassos em suas trajetórias.
Atletas consagrados, cantores famosos, políticos, técnicos, empresários bem sucedidos, profissionais disputados pelo mercado, todos, sem exceção, já saborearam o amargo gosto de uma derrota. Mas o que os tornam diferentes e vencedores? O segredo é que estas pessoas reconhecem, assumem, entendem e revertem os fracassos que fazem parte do caminho da vitória, bem como aprendem com cada um eles. Muitos são os exemplos e podemos aprender bastante com eles.
Quem busca sucesso precisa se submeter aos erros e acertos, derrotas e vitórias, fracassos e sucessos. Só alcança o sucesso na vida aqueles que tentam, arriscam, expõem-se e buscam a realização de seus sonhos, de maneira apaixonada, corajosa, planejada e sem medo de ser feliz. Não há trajetória imaculada nos caminhos dos vencedores. Perseverança é a palavra de ordem e reverter situações adversas uma necessidade.
Aprendi que fazer e errar é experiência, enquanto não fazer ou não tentar é que é o verdadeiro fracasso. É preciso ousar, construir a realização dos senosos sonhos, porque é melhor tentar e arriscar a render-se frente aos receios e às adversidades da vida. 
Lembro agora de alguns episódios ao longo de minha vida profissional: ações e ideias que não tiveram êxito; e-mails que poderiam não ser enviados; projetos que não saíram do papel ou se saíram não tiveram o resultado esperado, etc.
Quem falou que sempre acertaremos? Eu tenho meus erros, meus fracassos, minhas perdas, mas nem por isso me tornei um fracassado ou perdedor, pelo contrário, aprendi a virar o jogo. Aprendi que errando é que acertamos, que perdendo é que ganhamos.

Um domingo em Notting Hill

Nesta noite de domingo estava sem sono, impaciente para acessar internet ou assistir TV aberta, logo resolvi assistir, pela décima vez, ao filme Um Lugar Chamado Notting Hill ,que encontrei perdido entre alguns DVDs daqui de casa. Este é o típico filme que pessoas têm vergonha de assumir publicamente que assistem e gostam. Afinal de contas, Notting Hill é uma comédia romântica que não tem o menor pudor em assumir um sentimentalismo atávico, quase fora de moda. E vou além, confesso que adoro a cena em que Anna Scott, a personagem de Julia Roberts, declara-se para o livreiro interpretado por Hugh Grant, dizendo: "Sou apenas uma garota, parada na frente de um rapaz, pedindo a ele que a ame". Este é, para mim, um dos mais belos diálogos que já vi no cinema. Podem até me chamar de "cafona", mas não há quem não se derreta com tal declaração.

Fui dormir já pela madrugada. Assisti sozinho e confesso que senti falta de uma taça de vinho para acompanhar este momento. Depois de assistir Notting Hill lembrei daquela que talvez seja uma mais apropriada trilha sonora para pessoas que estão com dor de cotovelo ou na fossa (fique claro não estou neste momento), e que tentam superar o fim de um relacionamento e perdidas porque não têm a menor ideia de como fazer para esquecer um amor que acabou. A música que falo é "How Can You Mend a Broken Heart?" . E termino este post com os versos: "How can you mend a broken heart?/ How can you stop the rain from falling down?/ How can you stop the sun from shining?/ What makes the world go round?".

Para vocês curtirem:

http://www.youtube.com/watch?v=0FFbolor4Sc&feature=related

Como é difícil dizer um não

Todos nós somos donos de pontos fortes e pontos de melhorias. Reconhecer o que é necessário mudar ou minimizar é um esforço que exige bastante de cada um de nós. Uma dificuldade que encontrei em mim e assumi é a de dizer um "não".
Busquei respostas para explicar este comportamento que me persegue e a tantas outras pessoas. Acredito que esta nossa dificuldade vai desde o medo de parecermos pessoas egoístas, inacessíveis e intransigentes ou até mesmo de sermos rejeitados pelo grupo que convivemos. Com isso deixamo-nos sobrecarregar por sentirmos incapazes de dar um bom motivo para alguma recusa.
Tanto em nossa vida pessoal quanto profissional é preciso aprender a dizer não. Muitas vezes, ao dizer não para alguém, estamos dizendo sim para nós mesmos e, dessa forma, evitando um estresse emocional ou algum outro problema em nossas vidas. Mas depois de muito "apanharmos" começamos a aprender que ser uma pessoa disponível e prestativa para fazer um favor a alguém é algo bem diferente de se deixar explorar. E todos nós sabemos que há pessoas que sabem ser excessivamente insistentes, não é?
O sim e o não são conceitos interligados e presentes em nossas vidas. Percebemos que um depende do outro, que um ajuda ou prejudica o outro. Em muitas situações, preferimos dizer sim apenas por medo de que, se não fizermos o que é pedido, não seremos mais aceitos ou bem quistos. Mas ganhar uma nova idade nos traz amadurecimento e muitas lições, logo passei a aprender que um firme, mas delicado não logo de início, dá chance para que a outra pessoa encontre outra alternativa e será melhor para todos já que evita constrangimentos e estresse de ambas as partes. 
Já errei muito pela falta de um "não" em algums ocasiões importantes: me comprometi fazer o que não foi possível realizar ; prometi ir a algum lugar e não fui; já fui a lugares que não estava interessado; já fui a shows ou filmes que não curtia; até já comi o que não gostava.

Meus erros contribuíram para aprender, mudar e crescer. Neste processo contei também com ajuda de grandes colegas de trabalho e amigos, sempre dipostos e empenhados para o meu desenvolvimento.
É fácil? Algumas vezes sim outras não, mas impossível nunca! Fui aprendendo que ao invés de calar e sucumbir à pressão da outra pessoa posso, ao dizer um não, contribuir para que esta tome consciência da dimensão de suas exigências, perceber o tempo e o esforço que seu pedido exige e aprender a respeitar as prioridades alheias. 

Agradecimentos especiais aos amigos  Antonio Carlos Torres, Claudio Castro, Daniel Araujo e Sandra Maria. 


Kermerson Dias

Que tal curtir e refletir a música Pressentimento?!

 Hoje acordei inspirado para falar sobre amor. Mas amor é um assunto tão complexo!

Enfim, falarei sobre amor e pensei começar através de alguma música. Nossa!!! Quantas músicas temos para falar sobre este tema. 

Mas não quis cair no óbvio, nem retratar através de canções tão populares e já consagradas. Logo veio em minha mente uma deliciosa música, um samba de Elton Medeiros e Ermínio Bello de Carvalho , batizado de "Pressentimento". 

Sempre que possível coloco o CD da Roberta Sá para ouvir este clássico. Esta espetacular cantora - da nova geração da MPB - regravou este sucesso numa versão doce e encantadora. Aproveito este espaço para dividir com vocês a letra e um link com a apresentação da Roberta cantando Pressentimento.

E como diz a música: todos nós perguntamos sempre quando virá um novo amor, mas é preciso deixar a porta aberta para ele entrar.

Ai! Ardido peito!
Quem irá entender o teu segredo?
Quem irá pousar em teu destino
E depois morrer de teu amor?
Ai! Mas quem virá?
Me pergunto a toda hora
E a resposta é o silêncio
Que atravessa a madrugada

Vem meu novo amor
Vou deixar a casa aberta
Já escuto os teus passos
Procurando o meu abrigo
Vem que o sol raiou
Os jardins estão florindo
Tudo faz pressentimento
Que este é o tempo ansiado
De se ter felicidade 

Música de Elton Medeiros/ Ermínio Bello de Carvalho 

http://www.youtube.com/watch?v=3n9SwfHk21c

Sugestão de leitura; A Cabana (William P. Young)

Deixo mais uma boa sugestão de uma leitura recente que fiz, o livro A Cabana.  A obra retrata um crime - o sequestro e morte de uma menina chamada Missy - durante um final de semana quando a garota acampava com o seu pai e irmãos. Durante este final de semana a menina desaparece misteriosamente, logo após alguns dias de busca, o seu vestido é encontrado ensanguentado e dentro de uma cabana. A partir deste momento começa uma série de dúvidas sobre o destino da história.

É uma história que surpreende a cada capítulo e deixa o leitor na expectativa do que vai se desenrolar a partir da morte de Missy. E o ponto chave da história começa quando, alguns anos depois, o seu pai recebe um convite para voltar à cabana. A partir deste "chamado" para voltar ao local que representa um marco de perda e dor em sua vida é que o livro ganha fôlego.

O leitor fica com a mesma angústia do pai da Missy (o Sr. Mackenzie) se o convite é uma cilada montada pelo assassino da filha ou se ele é vítima de alguma brincadeira sem graça, mas o Sr. Mack decide ir à cabana num final de semana onde, por incrível que pareça, acaba realmente sendo um encontro surpreendente.  A partir daí a leitura se desenrola de maneira agradável, surpreendente e em alguns momentos, emocionante. A leitura é simples e acessível, nos leva a refletir sobre erros, acertos, perdão, culpa e uma série de questionamentos que todo ser humano faz ao longo da vida. Lembro que não fala de religião, mas sim de espiritualidade.

Li, gostei e indico. Uma boa leitura para vocês!


Kermerson Dias

Cresça com seus inimigos

Você tem inimigos? Aquele colega que adora puxar o seu tapete ou sair pelos cantos da empresa falando sobre você? Se nunca teve acredite que um dia terá!

É verdade que ninguém deseja ter um inimigo na sua cola, mas como diz um ditado popular: "É melhor um inimigo sábio do que um amigo tolo". Eles - seus inimigos - não existem por um simples acaso, então o segredo é aproveitar esta experiência e torná-la um aprendizado constante.

Em muitas ocasiões aprendemos mais com um bom inimigo do que com alguns amigos, pois estes últimos perdoam e nos poupam de nossas falhas e fraquezas. A gestão de conflitos é uma etapa importante no crescimento, tanto profissional quanto pessoal, e administrar esta experiência nos fortalece e nos prepara para o mercado acirrado e competitivo. Encare o problema, tire proveito de tudo, seja das coisas boas ou das ruins e lembre-se que as adversidades também ensinam, fortalecem e mostram novas oportunidades.

O mercado de trabalho não quer que seus profissionais pareçam com aqueles cachorrinhos de decoração que balançam as cabeças quando movimentados. Logo, a concorrência no ambiente de trabalho, até certo ponto, é positiva pois não deixa que as pessoas caiam na mesmice, estimula as novas idéias e até mesmo gera competição entre os setores e equipes. O problema está quando a ética, honestidade e os valores são atropelados pela ambição. Neste ponto o jogo se torna arriscado e perigoso, o ambiente torna-se um local nocivo e pouco saudável.

Mas também não caia no papel de inimigo. Se por algum momento deslizar e perceber que entrou neste jogo pare e pense: O que me incomoda tanto neste meu colega? Será que ele tem uma qualidade que falta em mim? Por que não sou admirado na minha equipe? Por que meu gestor não confia em meu trabalho e não delega desafios? O problema nem sempre está nos outros.

Diz um sábio provérbio que: "Use a mão de seu inimigo para pegar uma serpente". É assim que devemos agir com nossos inimigos. Aprender que se canalizarmos de forma proveitosa estes sentimentos negativos podemos ter muitos ganhos. Evitá-los não é a melhor tática, pelo contrário, observar e conhecer nossos inimigos, é garantir que estamos nos conhecendo melhor.

Pode parecer difícil ou até impossível mas que tal superar uma inimizade no ambiente de trabalho? O resultado desta conquista pode resultar em vários ganhos, inclusive de uma amizade verdadeira ou até de um aliado importante em seu trabalho.

Agarre a experiência de conviver com os seus inimigos, aprenda a jogar com eles, a negociar e driblar as situações, sejam fáceis ou não. Isso é mais fácil do quê de simplesmente evitá-los. Quem ganha, no final das contas, é você.

Kermerson Dias 

Quando o ruim é bom

Eu conheço pessoas que não gostam de comunicar notícias ruins aos outros. Quando é preciso comunicar uma notícia triste, essas pessoas preferem apresentá-las de uma maneira positiva, como se fosse uma boa notícia, acobertar os fatos, distorcer os acontecimentos, esconder detalhes.
Essa é uma atitude ruim por duas razões: é desonesto e ineficaz. É estúpido acreditar que as pessoas são estúpidas o bastante para pensar que notícias ruins são boas.
Talvez essa estratégia funcione no mundo da politicagem de corredor de escritório, mas no mundo dos seres humanos, no mundo do empreendedorismo, esse tipo de atitude não funciona. 
Diga a verdade, sempre! O mais rápido possível. Para todos que precisam saber.
Não fique achando que tudo pode melhorar daqui a 30 dias. Se algo não está bem hoje, não se engane, levante a bandeira vermelha hoje, e não daqui a 30 dias.
As pessoas que te cercam precisam saber que você é um ser humano honesto e confiável, que diz a verdade, seja ela boa ou ruim. E que você vai fazer o que você diz que vai fazer, e será honesto sobre as coisas que você não é capaz de fazer.
Quando uma notícia ruim aparecer a sua frente, diga às pessoas que precisam saber.
Diga imediatamente e por inteiro. Não esconda nada e olho no olho. Dê às pessoas opções para escolher e confie nelas para que elas possam confiar em você.

Seja sempre direto, franco e honesto. Algumas dicas:

1. Prepare a pessoa para receber a notícia, "Eu tenho más notícias, e será bastante frustrante para você".
2. Diga o que aconteceu, "Nós não seremos capazes de entregar…"
3. Diga porque aconteceu, não dê desculpas, simplesmente demonstre o que causou o problema, "Os nossos sistemas pifaram, e dezenas de pedidos desapareceram..."
4. Diga que você entende o impacto do problema, "Eu entendo que as coisas vão ficar difíceis para todos nós".
5. Diga que você irá tomar todos os cuidados para que o problema não se repita, "Nós mudamos a maneira de gerenciar o sistema, o problema não vai acontecer no futuro".
6. Dê a solução, "Sinto muito pelo que aconteceu, para assegurar que você irá receber o pedido...."
7. Peça pelo suporte das pessoas, "Posso contar com você nesses momentos de dificuldade...". Não peça desculpas novamente, pode ferir a sua credibilidade.

É sempre bom comunicar as notícias ruins como elas são: ruins. É honesto, é legal, é íntegro.

Kermerson Dias

O jogo de cores na Política Paraibana

É impressionante como as cores ganham "donos" em período eleitoral e geram tanta disputa e discórdia entre eleitores de algumas regiões. A utilização de cores nas campanhas políticas tornou-se um forte apelo visual pelo país, especialmente aqui no estado da Paraíba.
Os candidatos e seus partidos utilizam as cores, associados à diferentes ideologias políticas, como signo e símbolo de identificação. Não obstante, em ocasiões o uso de algumas cores fortalece uma segregação dos eleitores, torna a campanha tão acirrada que os eleitores transferem suas opiniões políticas em disputas pessoais.
Esta tradição sabemos não é recente e muito menos nasceu em nosso país. A história política mundial nos traz momentos e fatos fortemente ligados às cores e suas respectivas simbologias. As cores como o azul e o vermelho, por exemplo, estão entre as mais empregadas por sua associação à direita e esquerda política respectivamente. Esta tradição inclusive é mais antiga que a própria origem do conceito de esquerda-direita, originado na Revolução Francesa, pois se incluíam em uma expressão muito estendida para designar as diferenças sociais: a oposição entre sangue azul e sangue vermelho.
Na Paraíba, hoje, vivemos um momento intenso na disputa "laranja x vermelho". Até o dia 3 de outubro ainda testemunharemos um acirrado jogo de grupos políticos já tão conhecidos da população e que não apresenta nenhuma novidade, nenhum novo projetos ou plano de governo. Ficamos com as velhas promessas, com a propaganda de obras passadas que são vendidas como grandes feitos, quando na verdade não é mais do que a obrigação daquele que ocupa um cargo dado por nós.
Não temos a liberdade de sair nas ruas, sem caráter político, com uma camisa nas cores predominantes nesta campanha, que logo somos alvos de perguntas, criticas ou piadas. Que pena das cores! Roubaram delas o direito à liberdade e se tornaram propriedade daqueles que pleiteiam a "vida boa" de ser um político neste país.
Em dias de carreata ou passeata de algum grupo político é arriscado sair pelas ruas com uma camisa da cor do adversário, não sabemos o que pode acontecer, se um pedra será lançada em nossos carros ou mesmo seremos vitimas de gritos e vaias.
Você é vermelho ou laranja? Esta é a identidade que vem sendo tomada pelas ruas. Quantos eleitores já fizeram uma análise de quem está por trás de uma cor e outra? Quem hoje é vermelho um dia foi laranja e alguns laranjas agora já se cobriram de devoção pelo vermelho em outros tempos. Tudo bem que na escala de cores o vermelho e laranja não estão tão distantes, mas esta variação em tonalidades é de soar estranho. Ah, são os sinais de um tempo em quê não existe fidelidade, somos todos infiéis, até mesmo as cores. Malditas cores!
Meu desejo seria uma nova opção de cor nesta tabela já tão desbotada. Precisamos descobrir e reinventar novas formulações que gerem cores mais atrativas e benéficas à população do nosso estado. Enquanto isso não ocorre, ficamos vítimas de uma onda colorida que inflama nossos olhos e estampa pelas ruas de nossas cidades a nossa própria incompetência enquanto eleitores.
No final das contas somos nós que assumimos, por quatro anos, uma cor oficial, símbolo maior de nosso luto pós-eleições, o negro!

Kermerson Dias

A fênix que habita em nós

Todos nós temos uma fênix adormecida em nossas almas. Levamos um pouco deste pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas.

Mas quantas vezes em nossas vidas erguemo-nos das cinzas?

Entendo e acredito que tudo na natureza são ciclos, que passamos por transformações o tempo inteiro, mesmo que em algumas vezes aconteçam de forma mais profunda, e que nos faz rever algumas coisas do passado que não nos serve mais.

Eu já tive minhas experiências de fênix. Na verdade por algumas vezes, mas em 2007 foi a grande experiência. E como uma fênix também já tive a dor de morrer, o sofrimento de entrar em auto-combustão e a vitória de renascer de minhas próprias cinzas. Carrego comigo as histórias que a vida me deu como lição, as perdas e os abandonos que, por um momento, nos deixaram sem chão, mas que o ressurgir nos mostrou um novo horizonte.

Neste processo de transformação tive que jogar muita coisa fora, e não foi fácil. Guardamos coisas desnecessárias em nossos registros.  Aprisionamos as mágoas, os medos, o egoísmo que nos impede de enxergar além. É necessário transformar. Mas transformação dói. Dói e exige muito de nós.

Só compreendendo uma situação podemos transformá-las. Quando compreendi que os fatos que por muitas vezes me destruíram fugiam de minha responsabilidade é que pude sair das desculpas e buscar meios. É um processo lento e delicado, onde necessitamos arrepender-nos por vezes e também aceitar que os outros estavam certos grande parte das vezes em que eu discordava, percebi que muitas coisas que fiz não senti como devia. Para tudo isso foi preciso uma mudança de hábito. Aprendi que mudar alguns hábitos requer atitude e persistir nesta mudança é um treino diário.

Neste período aprendi que devemos curar os nossos ferimentos e aceitar que passar por um momento de renascimento é largar tudo com a consciência de que nada se perde , é passar pelo fogo como a fênix e ressurgir com um corpo novo. 

Meus amigos e família foram importantes neste processo e devo bastante a cada um deles, quero dividir minha experiência com vocês e deixar meus agradecimentos a todos eles, mas também convido vocês a pensarmos como os povos antigos, que diziam que a fênix simbolizava o Sol, que ao final de cada tarde se incendeia e morre, renascendo a cada manhã. Que possamos agir desta forma, renascendo a cada novo dia, aprendendo que ainda há muito o que aprender. Vamos libertar a fênix que habita em nós.

Kermerson Dias

Encontre um motivo para sua motivação

Conheço várias pessoas que dependem de livros de auto ajuda para superar dores e perdas, enfrentar as adversidades da vida e encontrar-se consigo mesmo. É uma literatura popular, com força no mercado e que oferece "respostas facéis" para os problemas delas. É um tratamento paliativo, na qual em um curto espaço de tempo o individuo volta ao seu estado de origem e percebe que  é preciso muito mais.

Mais? E precisa do quê então? Uma boa opção é Motivação.

Motivação, que vem do latim movere (mover), é um impulso à ação. É fazer acontecer, agir, movimentar-se, sair do estado de inércia que tantos de nós nos encontrarmos.

Gosto destas palavras de Shakespeare: "nossas dúvidas são traídoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar por simples medo de arriscar". A vida é um constante jogo de riscos e dúvidas. Algumas pessoas ficam na dúvida sobre qual roupa usar para ir ao trabalho em plena segunda-feira; dúvida sobre o novo corte de cabelo; se depois do cinema vai comer pizza ou comida japonesa; se é hora de mudar de emprego, dúvida se é momento de casar ou continua como namorados; dúvida se chegou a hora de trocar o carro; existem pessoas com dúvidas até quanto à sua própria existência.

Acabamos presos às dúvidas e nos tornamos refens do medo. Ficamos covardes diante dos riscos e deixamos a vida passar. Confesso que prefiro as pessoas que pequem por ação do quê por omissão. Prefiro pessoass que precisamos frear do quê as que precisamos empurrar.

Que tal fazer algo novo hoje? Mas antes disso é preciso acordar disposto, é preciso motivação! 

Kermerson Dias

Pedaços de mim

Algumas pessoas não enxergam que a verdadeira felicidade nasce todos os dias em coisas tão simples, como ter ao nosso lado tesouros tão preciosos aos quais chamamos de FAMÍLIA.  Estas pessoas são pedaços de mim e, juntos, somamos um amor que superou e supera dificuldades; nos fortalecemos a cada passo dado e caminhamos em direção a um plano em comum, a nossa felicidade!

Minha mãe e guerreira, Lúcia, meus irmãos amáveis Klayton, Karol e Keverton, são  meus olhos e coração. É imensurável o amor, respeito, zelo, preocupação, confiança e admiração que tenho por cada um deles.

Ídolos?! Ah sim, tenho, mas apenas uma!  Uma mulher nos seus poucos 1,65m, mas grande em coração, de um sorriso tímido, um olhar que transmite toda sua docilidade. As pessoas não sabem o tamanho da força que esta mulher tem. Brava, guerreira, justa, integra, vencedora. são tantos adjetivos para qualificar um ser humano tão especial e iluminado. Devo não só minha vida, mas minha educação, formação de caráter e valores e todo amor que guardo em mim. Minha mãe é antes de tudo minha fonte de inspiração, meu norte e minha fortaleza.  

Kermerson Dias

Cuide do seu nome e garanta empregabilidade.

De uma coisa não podemos esquecer: que imagem profissional é tudo!
A atenção e cuidado com a nossa carreira profissional vai além da formação técnica que adquirimos ao longo de nossas vidas, ela envolve a preocupação com a aparência, nosso comportamento, atitudes, como nos comunicarmos, principalmente nos dias atuais, de um mercado cada vez mais exigente e rígido. Neste momento que vivemos, quando o mercado de trabalho encontra-se altamente competitivo, não é apenas o diploma que faz a diferença, o profissional necessita ter talento e habilidades, saber trabalhar em equipe e outras competências comportamentais.
Quem nunca ouviu dos pais ou avós a expressão "você tem que zelar pelo seu nome?"
Não existe uma receita de bolo pronta para isso, mas um dos segredos infalíveis é o cuidado em atuar profissionalmente com ética e moral, agindo dentro dos seus princípios e valores.
Lembre-se : a forma como nos comportamos diante dos diversos cenários da vida profissional conta bastante, e se não formos atentos a este recado dançamos! Nossas falhas podem transmitir uma imagem distorcida e negativa, causando a impressão de falta de envolvimento, incompetência e irresponsabilidade, podendo, desta forma, prejudicar a carreira profissional de qualquer pessoa.
Ressalto que alguns requisitos são observados e são de extrema importância na carreira de qualquer profissional, como: comportamento, transparência nas ações, discrição, conduta, postura diante dos fatos, pontualidade, ter empatia, assiduidade, comprometimento, envolvimento, responsabilidade, iniciativa, honestidade, flexibilidade e não resistir às mudanças, educação, equilíbrio emocional, gentileza, boa comunicação, zelo com a língua portuguesa, ética, preocupação com o tom de voz, maneira de se vestir, higiene pessoal, busca constante pelo saber, procurando atualizar-se sempre e assim crescer cada vez mais profissionalmente,... ufa!!! Parece muito e bem difícil hein? Mas impossível não é!
O fato é que você, profissional, tem seu nome circulando pelo mercado e deve cuidar do mesmo como um filho, portanto, sua integridade e valores, bem como suas peculiaridades e o seu caráter devem ser preservados. 

Kermerson Dias

Aprender a viver ou viver para aprender?

Umas das coisas interessantes da vida é olhar para trás e perceber o quanto fomos fortes para superar momentos dificeis. 

Descobrir que antes de lamentarmos e vestirmos a roupa de vítimas é possível reverter o cenário, não encarar os obstáculos como problemas mas sim como desafios, e vencê-los!
Não há necessidade de nos prendermos às coisas pequenas, pois tudo nesta vida é passageiro assim como a própria vida, tanto as tristezas como também as alegrias, as vitórias e os fracassos. A dica é desenvolvermos a paciência,  perseverando no bem e nas boas ações, cobrir-se de fé e energia positiva, mesmo diante as mais difíceis situações que a vida nos coloca, é saber viver e fazer da nossa vida uma eterna lição.
E não esquecer que todas as pessoas erram, de que o homem ainda é um ser imperfeito em busca da perfeição e por isso até saber que se muitas vezes nos decepcionamos com pessoas é porque esperamos mais do que elas estão preparadas para dar. Seja bem vindos à vida! 

Kermerson Dias