O amadurecimento é algo que me fascina. Olha para trás e perceber o quanto mudamos, crescemos e melhoramos é realmente uma satisfação admirável. Cada ano que passa é um capítulo que escrevemos, um ciclo que fecha e outro que tem início. Algumas coisas na vida a gente vai aprendendo no dia a dia, somando à sabedoria e à experiência, que só o esforço por viver pode ensinar. Nesta escola diária a gente aprende que o silêncio muitas vezes é a melhor resposta. A arte do silenciar é tão ignorada por nós no auge de nossa imaturidade inconsequente, mas apreciada, mesmo que dolorida, quando percebemos que a vida não é mais modesta e inocente conosco. Muitas vezes a gente deve engolir uns sapos caladinhos, felizes ou não, talvez até fingindo um sorriso tranquilo e despreocupado. Não interessa! Talvez por dentro a gente até esteja se dilacerando em ódio, em nossa boca saia a mítica espuma branca da raiva e da sede de vingança. Aos 18 ou 20 anos pensar nisso seria tolice, uma besteira ou mesmo covardia, mas o envelhecer nos mostra que em nome da nossa própria dignidade é melhor aguentar o desaforo quieto, porque uma palavra a mais e o desaforo se somará ao deboche, sarcasmo irônico ou até escárnio. Tem horas que é melhor ficar calado, não importa o tamanho da nossa mágoa. A arte de silenciar é uma dádiva!
Silenciar é uma dádiva msmo, e o silencio é a melhor resposta! =********
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