quarta-feira, 29 de setembro de 2010

As músicas de nossas vidas...

Qual sua música? Qual a minha música?
Sempre temos aquela música em especial que toca a alma e traz lembranças fortes, que arrepia nossa pele e arranca o mais profundo suspiro, seja ele de saudade, emoção ou dor.  A música pode fala por nossos corações, torna-se uma fotografia de nossas histórias e narra cada momento com detalhes, como se tivessem sido escritas para cada uma delas.
A música nos remete ao passado, às lembranças do que vivemos ou deixamos perdido pelo caminho. Lembramos dos momentos de vitória,  um amor adolescente, uma tristeza passada, uma época feliz ou triste, uma pessoa que perdemos, uma paixão desfreada, etc. Música resgata o que nunca deixou de viver em nós, e basta um primeiro acorde, o toque de uma nota para aflorar todo nosso sentimento.
Tenho uma caixinha de músicas em minha memória emotiva, guardo cada passagem, momento e lugares, para cada um desses a música me leva numa viagem ritmada pelos meus sentimentos. Impossível não lembrar dos meus nove a dez anos, quando na época passava a novela Top Model, e ouvi pela primeira vez “Oceano”, na voz doce e inconfundível de Djavan. Linda passagem quando este mestre num momento de pura criação construiu “...Vem me fazer feliz porque eu te amo. Você deságua em mim e eu oceano, e esqueço que amar é quase uma dor...Só sei viver, se for por você...”. Voltar 20 anos e lembrar de uma fase gostosa é um momento ímpar. A música é forte, até um pouca pesada para uma criança com tão pouca idade, quando nem sabia ainda o que era amar, mas ela marcou aquela minha fase e por isso, ainda hoje considero a minha música favorita. Os anos chegaram e com eles outras passagens, novas músicas e fatos marcantes. Neste caminho entram canções de uma banda favorita, Scorpions. Como não parar para pensar e sentir-se tocado quando escuto “Wind of Change”, quando em seus belos versos ouvimos (na tradução) “...Leve-me para a mágica do momento , em uma noite gloriosa  onde as crianças de amanhã compartilham seus sonhos com você e eu . Leve-me para a mágica do momento , em uma noite gloriosa onde as crianças de amanhã sonham no vento de mudanças...”.
Impossível não ficar atônito com as obras de nosso estimado Chico, das quais aprecio (sem moderação) as favoritas “Construção”, “Cálice”, “Deixe a Menina”, “Me deixe mudo”, “Minha História”,  “Almanaque”, “Qualquer amor”, ah são tantas...o velho e bom Chico Buarque!
Lembro de como é bom deliciar-me com o gostoso sambinha “Pressentimento”, numa declaração explícita para um amor que  está pra chegar “Vem meu novo amor, vou deixar a casa aberta, já escuto os teus passos, procurando o meu abrigo”;  ficar emocionado com “O Caderno” de Toquinho, esta bela canção que lembra minha irmã caçula (Karol) em sua infância, quando aprendia as primeiras palavras e pedia para  que eu cantasse a canção e ensinasse cada verso com calma e carinho; ou ficar apaixonado pela melodia suave e tocante de  “Carinhoso” do gênio Pixinguinha; e como não recordar alguém ou um momento especial quando se escuta “...que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim. Não quero mais esse negócio de você longe de mim...”, uma obra eterna do Tom e Vinicius.
Não vejo minha vida sem uma trilha sonora. Nossas histórias precisam de melodias, de um fundo musical para marcar, tocar, acompanhar e narrar a caminhada. Vou agora para meu quarto, colocar algum CD especial e apreciar um momento flashback. Musicalizando os sons do coração...



6 comentários:

  1. Bela reflexão... lindas e boas músicas!

    Abraços

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  2. Ah, nossa, que coisa bonita amigo.
    Não conhecia ainda esse teu espaço.
    Admiração foi a mil agora!
    rsrsrs...
    Parabéns.
    Rafa Lemos.

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  3. Oh amigo, mas TOP MODEL, foi desenterrada! kkkkkkkk

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Amigo, é incrível a sensação que esse blog nos causa, ou melhor dizendo suas palavras que parecem versos nos causa. Quando, hoje cedo, antes de fazer qualquer coisa o abri, e vi em seu último post, "música como título", disse-me:"Eita que meu amigo acertou em cheio" e fui euforicamente lê-lo. E sem mais nenhum espanto, pude saciar minha sede de música em palavras que não foram musicadas, somente palavras sem som, me encheu de sentimentalidade.

    Abraçãoooooooooo

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