sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Não precisamos de um “ombro amigo”, mas sim de “ouvido amigo"

Já perceberam que no mercado há inúmeros cursos de Oratória? Sim, todos querem aprender a falar. Mas até hoje não achei nenhum curso que ensine as pessoas a aprender a ouvir. E cada vez mais vejo que existe um público grande que necessita, urgentemente, deste aprendizado.
As pessoas se preocupam mais com o “falar” do que o simples “ouvir”.  Isto serve para todos nós! Se pararmos para analisar, vemos que quando as pessoas falam conosco já estamos preocupados com o que daremos de resposta, para rebater ou estamos com nossos pensamentos viajando em coisas nossas e que fogem à conversa. Nosso erro é gastar nossa energia na preparação do que vamos falar e não para abrir nossa mente e coração para o que ouviremos.  Receita?! Como para quase tudo nesta vida não há! Ouvir é uma doce arte diária, na qual aprendemos que antes de falar é necessário fazermos silencio. Mas não falo o silencio externo, o mais importante neste caso é o silencio interno, até porque o que a outra pessoa fala é tão importante quanto o que dizemos.  Quando a gente poupa esta energia desprendida em criar um mecanismo de defesa enquanto o outro fala, logo aprendemos a não dizer coisas desnecessárias, a ter mais tolerância, a sermos menos ansiosos e mais compreensivos. 
Quantas pessoas já recorreram a nós naqueles momentos que mais precisavam, chegaram cheios de palavras, numa fala, muitas vezes pesada de uma carga emocional e nós, num ato egoísta, fechamos nossos ouvidos. É muito fácil ser “boca”, mas difícil mesmo é assumir o papel  de “ouvido”. Não precisamos de um “ombro amigo”, mas sim de “ouvido amigo”. Mas cabe a nós o primeiro passo, que é entender que não devemos  escutar, mas sim ouvir.

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