quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ame-se

Não sou adepto aos livros de auto-ajuda e já comentei isso anteriormente. Principalmente com aqueles textos que falam dicas para cuidar da nossa auto-estima.
Nesta loucura nossa de cada dia, numa época em que tanto se fala de "auto-estima" é necessário, contudo, compreender-se o que significa verdadeiramente este termo e como conseguimos encaixá-lo em nosso cotidiano, principalmente quando estamos imersos a situações profundamente conflitantes, tanto em relação a nós mesmos quanto em relação à sociedade.
Vamos equacionar: pensando aqui que "estima" deriva do amor, do carinho, do bem-querer e, naturalmente, impulsiona ao cuidado, à nutrição, ao zelar, ao proteger este amor e este bem-querer. Já a palavra "auto" nos dá o entendimento do referencial ao si mesmo, necessitando, portanto, acontecer de dentro para fora. Nada muito complexo e novo, não é? Portanto, auto-estima é o amor que manifestamos a nós mesmos e que necessita ser guardado, atendido, nutrido, protegido, zelado, amado por nós em relação a nós mesmos.
Embora hoje se fale tanto sobre a auto-estima ainda é comum algumas pessoas acharem que pensar nisso e uma forma arrogante e prepotente de olhar para si mesmo. Mas do contrário, tudo começa quando entendemos que é necessário sim amar a si mesmo, se querer bem, se elogiar, se proteger, prestigiar, se impulsionar, se perdoar. As pessoas se assustam e demoram a entender que tudo o que é feito de bom para os outros é também necessário fazer a si mesmo, pois afinal, quem ama, doa, quer bem, nutre, zela, guarda, protege é porque tem tudo isto dentro de si. Mas simples impossível!
E como é difícil cuidar de nós mesmos! Vejo o quanto é difícil orientar a nós mesmos, nos guardar ou aceitar como realmente somos, sem as máscaras que encobrem nossa verdadeira essência. Nosso erro é olhar somente para fora que também possamos olhar para dentro de nós e, nos preparar para encontrarmos um ser carente e muito saudoso de nós mesmos.
Veja como tratamos a nós mesmos, que por muitas vezes somos pacientes e tolerantes para com as dificuldades e erros dos outros, porém nos manifestamos completamente ao contrário quando a situação ocorre conosco. Aceitamos os erros dos outros e chegamos a perdoá-los, mas não perdoamos aos nossos próprios erros e fracassos.
Ainda há muito o que crescer e aprender. Meu livro de "auto-ajuda" é minha própria consciência. E faço esta leitura em diálogo com meu travesseiro todo final do dia. E ele me diz: por que não direcionar esta grande capacidade amorosa e nutridora para dentro e para fora de si?

3 comentários:

  1. Nosssa, queria eu ter um travesseiro que falasse coisas do tipo pra mim. Quando deito em questão de minutos meu travesseiro já está é me ninando!! kkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Deixe que o silêncio do seu travesseiro fale. As palavras só estragam momentos tão intensos, em que o silêncio diz tudo, mesmo sem dizer nada ao ver muitas vezes as lágrimas.

    "E mesmo sabendo que aqueles dias não voltam mais, a saudade insiste em permanecer nos meus pensamentos."

    Fica com Deus!

    Ass.: ...

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  3. Muito bom seu blog! Textos bem significativos, parabéns!
    :*

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