sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Vida breve...


O compositor Lobão criou uma obra prima da música popular brasileira, interpretada com maestria pelo Cazuza, que em versos dizia “”Vida loca, Vida breve. Já que eu não posso te levar, quero que você me leve...”. Nossa vida é breve. Somos meros passageiros deste mundo. Um dia somos apanhados por esta nave espacial mesmo sem quere, mesmo até sem saber porquê. E depois, e ainda sem querer, temos que deixá-la.
E durante esta viagem percorremos caminhos por onde já trilharam reis e rainhas, “santos” e “bruxas”, homens e mulheres cujos corpos se reduziram a pó, nobres e plebeus, e todos tiveram o mesmo destino. E sem nenhum anseio, um dia também eu e você  estaremos com eles.
Sinta o vento. Este mesmo vento carrega a fragrância de outros tempos, os homens contam histórias. A imprevisibilidade da vida.. Enquanto isso, o verdadeiro milagre continua a ser o nascer do sol, o florir da primavera, o sorriso de quem nos ama,..., contudo, ainda há esperança. Enquanto vivemos numa época de um sono divino profundo, temos que criar milagres por conta própria. Pois o mundo não está sujeito apenas às catástrofes naturais, mas também à injustiça social, a corrupção, a guerra, a fome, o racismo, a intolerância. Somente unidos poderemos lutar por um mundo melhor. Façamos o que está ao nosso alcance, mas não fechemos os olhos. Há muito por fazer por esta vida breve e louca.
De fato, o mundo é a terra dos seres vivos, que partilham esta viagem com anseios de viver a vida com prazer e felicidade. Muitos são privados de obter este lugar por puro egoísmo alheio, subjugados por homens sem visão, que não compreenderam o objetivo de viver neste conjunto complexo onde se enquadra a humanidade. De certo podemos ter que iremos todos sucumbir ao tempo, que reclama os nossos lugares para que tudo possa seguir o seu curso natural e outros possam surgir. Mas e até lá? Bem...até lá também podemos fazer história, e quem sabe, num futuro distante, também contem os nossos feitos. Não serão histórias de seres sobrenaturais, mas de homens e mulheres que aqui viveram e foram imortalizados pelas suas obras. Que seja então o legado de uma geração que valorizou o verdadeiro sentido da vida. Sejamos otimistas, pois quem sabe com sorte, algumas das histórias que nos contaram sejam verdadeiras, então teremos o privilégio de estar em algum lugar observando o mundo dos novos passageiros, e possamos nos orgulhar da vida que tivemos, aliás, que vivemos, construímos.

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